A manif

Os professores devem ser a classe em Portugal menos solidária que há. Sempre me lembro de ter sido assim. Mesmo entre eles, não há grande espírito de solidariedade. E foi assim desde o 25 de Abril. Ao longo dos anos, não houve uma vontade clara de fazer mais e melhor pela educação e foram-se acomodando. Espartilharam-se em sindicatos e associações, dando azo aos mais vergonhosos aproveitamentos políticos. Veja-se o que aconteceu em Beja, vergonhoso! Agora que o cerco ficou demasiado apertado e irrespirável dão, finalmente, um ar da sua graça. Tenho pena que não tenha sido mais cedo e por outros motivos.

Também tenho pena que os excelentes professores portugueses sejam abafados pelos maus. Tenho pena que, mais uma vez, o justo pague pelo pecador. A ministra comprou uma guerra, apoiada por muitos intelectuais portugueses, e quando a levou ao limite, ficou num beco sem saída. Ela e os péssimos secretários de estado que a apoiam. A este propósito, aconselho a leitura deste post.

A reacção de Augusto Santos Silva é bem reveladora do espírito deste governo. Se fosse com um governo do PSD não haveria comentador, nem editorial que não pedisse a sua cabeça. Isto para não falar das visitas da polícia a escolas e a sindicatos.

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