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O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) ganhou as eleições legislativas celebradas no domingo em Espanha. Com 81% dos votos contados, os socialistas garantiram 167 lugares no Congreso dos Deputados, contra 155 da formação política rival, o Partido Popular (PP). A maioria absoluta está fixada em 176 deputados, de um total de 350.
Numa primeira análise destes resultados, a constatação mais significativa é que os dois partidos maioritários surgem diante da opinião pública com motivos de sobra para se sentirem satisfeitos. Os socialistas, porque revalidam nas urnas o seu mandato para governar, depois de uma legislatura cheia de crispação e de dificuldades. Os populares, porque conseguem aumentar os resultados de 2004, tanto em número de votos como de lugares, o que parece afugentar a possibilidade de uma crise interna que ameaçaria a liderança de Mariano Rajoy.
De acordo com os dados oficiais disponibilizados às 22.30 horas (hora espanhola), o PSOE ganha três lugares comparativamente há quatro anos (164) e o PP sete (148 em 2004). A diferença entre os dois partidos, a confirmarem-se estes resultados no final da recontagem ficaria estabelecida em 12 lugares, menos quatro do que na legislatura anterior. O líder do PSOE, José Luis Rodríguez Zapatero, necessitará novamente de chegar a acordos de legislatura com outros partidos, provavelmente com os nacionalistas catalães, para poder formar um governo sólido.
Outra das lições imediatas destes resultados é a confirmação da tendência clara para o bipartidarismo no sistema político espanhol. Os dez lugares que ganharam os dois principais partidos em relação a 2004 vieram de perdas sofridas pelos partidos pequenos. Essas perdas ocorreram, sobretudo, em partidos nacionalistas como a Esquerda Republicana da Catalunha, que até agora perdeu cinco deputados, e da coligação que agrupa o Partido Comunista de Espanha, a Izquierda Unida (IU), que perdeu dois lugares em relação às eleições anteriores. O novo partido Unión, Progreso y Democracia (UPyD), liderado por uma recente dissidente do PSOE, Rosa Díez, deverá conseguir entrar no Congresso dos Deputados.
Na Andaluzia, onde também se realizaram eleições autonómicas, os socialistas voltaram a ganhar por maioria absoluta. O actual presidente Manuel Chaves encaminha-se, assim, para um quinto mandato consecutivo.
A taxa de participação foi de 74% num universo potencial de 35 milhões e meio de eleitores.
Fonte: Expresso
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Etiquetas: Espanha
2 Comments:
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- Anónimo said...
1:06 da manhãGran éxito de la UPyD de Rosa Díez.- Anónimo said...
2:24 da tardeY Doña Elvira Fernández, Gran Señora, Galleguiña Dulce y Melosa, gana el corazón de las españolas.......