- Realizou-se, na noite de ontem, o segundo debate com os principais candidatos à presidência do governo espanhol. Devo reafirmar que, pessoalmente, não gosto muito deste tipo de debates: demasiado controlado, artificial e regulamentado. Assim, torna-se difícil perceber com que candidatos podemos contar. Deste modo, os debates correram exactamente como tinham de correr: no 1º, Rajoy foi muito agressivo, Zapatero só teve de se conter; no segundo, os dois candidatos tentaram olhar mais em direcção ao futuro, com um Rajoy ligeiramente mais comedido; Zapatero mais afirmativo, mais estadista.
Parece-me evidente que Zapatero ganhou os dois debates, mas, na minha opinião, não foi com grande à vontade. A verdade é que os dois candidatos são fracos, distantes do peso político de um Suárez, González ou mesmo Aznar.
Zapatero tem promessas eleitorais que fazem lembrar Sócrates. Contudo, ao contrário deste último, admite que errou em algumas situações. O PP está numa situação que faz lembrar o PSD - ainda não percebeu como é que perdeu as últimas legislativas e não assume os seus erros. Assim é difícil tornar-se credível aos olhos do eleitorado.
- A relação entre a campanha protagonizada pelos partidos/agências de comunicação e os media espanhóis, deu que falar pelos motivos que apresentei em posts anteriores. Acrescento mais um ponto: ao longo da campanha, sobretudo nos comentários aos debates, é muito fácil perceber de que lado estão os vários órgãos de comunicação social. Uns ao lado do PP, outros ao lado do PSOE. Pessoalmente, defendo que esta posição tem a sua lógica e legitimidade. Os órgãos são controlados por grupos que têm os seus interesses e convicções políticas. Nada disto tem mal, desde que se assuma, com clareza, as suas posições. Os eleitores são suficientemente inteligentes e livres para escolherem o que querem. É preferível ser assim do que defender, ao transe, uma posição de independência e imparcialidade que é humanamente impossível. E ser completamente avesso à crítica, sobretudo quando não se pratica o que se defende publicamente. Um pouco como se passa em Portugal.
- Por sugestão do filomento2006, deixo-vos mais dois links: Libertad Digital e Vistazo a la prensa.
Parece-me evidente que Zapatero ganhou os dois debates, mas, na minha opinião, não foi com grande à vontade. A verdade é que os dois candidatos são fracos, distantes do peso político de um Suárez, González ou mesmo Aznar.
Zapatero tem promessas eleitorais que fazem lembrar Sócrates. Contudo, ao contrário deste último, admite que errou em algumas situações. O PP está numa situação que faz lembrar o PSD - ainda não percebeu como é que perdeu as últimas legislativas e não assume os seus erros. Assim é difícil tornar-se credível aos olhos do eleitorado.
- A relação entre a campanha protagonizada pelos partidos/agências de comunicação e os media espanhóis, deu que falar pelos motivos que apresentei em posts anteriores. Acrescento mais um ponto: ao longo da campanha, sobretudo nos comentários aos debates, é muito fácil perceber de que lado estão os vários órgãos de comunicação social. Uns ao lado do PP, outros ao lado do PSOE. Pessoalmente, defendo que esta posição tem a sua lógica e legitimidade. Os órgãos são controlados por grupos que têm os seus interesses e convicções políticas. Nada disto tem mal, desde que se assuma, com clareza, as suas posições. Os eleitores são suficientemente inteligentes e livres para escolherem o que querem. É preferível ser assim do que defender, ao transe, uma posição de independência e imparcialidade que é humanamente impossível. E ser completamente avesso à crítica, sobretudo quando não se pratica o que se defende publicamente. Um pouco como se passa em Portugal.
- Por sugestão do filomento2006, deixo-vos mais dois links: Libertad Digital e Vistazo a la prensa.
Etiquetas: Espanha
3 Comments:
Subscribe to:
Enviar feedback (Atom)
1- Zapatero interrumpía continuamente a Rajoy cuando el político gallego estaba en el uso de la palabra, y la moderadora no reconvenía al leonés.
2- Zapatero repitió varia veces, en tono jactancioso, que España había superado en riqueza a Italia (Sorpasso); lo cual dudo ciertamente........
3- El político gallego dijo que en el proceso de regularización de inmigrantes del año 2005 se regularizaron individuos que aportaron como prueba de estancia una "ORDEN DE EXPULSIÓN" (con lo que demostraban, además, que son "Santos Varones")........
Por último, como anécdota, al terminar el debate, una periodista de una televisión privada lusa se acercó a Don Mariano Rajoy y éste le hizo unas declaraciones acerca del cariño que tiene a Portugal y que conoce mucho Valença do Minho, Caminha, Braga, etc........
Un saludo.
Este tipo de debates favorece quien está en ventaja en las encuestas.
En Portugal se siguió el debate con mucha atención. Hubo un canal de RTP que retransmitió el debate en el pasado martes.
Se habló un poco sobre el hecho de que Rajoy es gallego y con lazos evidentes con Portugal:)
Abrazo!