Paul Preston, reputado historiador inglês e profundo conhecedor da cultura espanhola, falava no seu livro LAS TRES ESPAÑAS DEL 36, dos dois grupos que se confrontaram durante a guerra civil (1936-39) - nacionalistas e republicanos. A estes acrescentou um terceiro grupo que denominou de 3ª Espanha. Basicamente, este grupo era constituído por intelectuais que tiveram a capacidade de perceber o regime que se adivinhava e que soube preparar as gerações vindouras para os desafios futuros. Para além disso, soube limpar as feridas deixadas por uma guerra violentíssima e que deixou o país de rastos. O esforço e dedicação deste grupo de intelectuais daria os seus frutos: exemplo disso mesmo, é o processo de Transição que foi possível por influência de elementos que tinham pertencido ao regime franquista mas que compreenderam a importância de uma Espanha unida e democrática.
Em 1974 tivemos a revolução portuguesa. Na minha opinião, é pena que muitos intelectuais portugueses não tenham tido esta visão e que não tenham sabido fazer uma revolução cultural e educacional, perdendo-se numa vertigem de poder político e na tentativa infrutífera da implantação de regimes totalitários. Com o passar do tempo, e com o falhanço na implantação desses regimes, muitos intelectuais portugueses fizeram questão de caçar bruxas e de esfregar sal nas feridas, convencidos das suas certezas - a chamada lógica do "ou estão connosco ou estão contra nós".
É curioso ver como muitos desses intelectuais, julgando-se superiores a tudo e todos, não hesitem em demonstrar algum desrespeito e displicência pelo país que os viu nascer, lançando prognósticos sentados em cadeiras da marfim. E o pior, é que fazem gala disso.
Em 1974 tivemos a revolução portuguesa. Na minha opinião, é pena que muitos intelectuais portugueses não tenham tido esta visão e que não tenham sabido fazer uma revolução cultural e educacional, perdendo-se numa vertigem de poder político e na tentativa infrutífera da implantação de regimes totalitários. Com o passar do tempo, e com o falhanço na implantação desses regimes, muitos intelectuais portugueses fizeram questão de caçar bruxas e de esfregar sal nas feridas, convencidos das suas certezas - a chamada lógica do "ou estão connosco ou estão contra nós".
É curioso ver como muitos desses intelectuais, julgando-se superiores a tudo e todos, não hesitem em demonstrar algum desrespeito e displicência pelo país que os viu nascer, lançando prognósticos sentados em cadeiras da marfim. E o pior, é que fazem gala disso.
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