Não tive a oportunidade de ouvir o discurso de hoje do Presidente da República na sua totalidade. Mas deu para ver que causou alguma irritação. Sobretudo junto da esquerda. Gostava de analisar duas declarações, a de Vasco Lourenço e Francisco Louçã.
Começando pelo capitão de Abril, este referiu-se à visita de Cavaco à Madeira. Importa dizer que o actual presidente tem sido alvo de um escrutínio como nunca aconteceu com nenhum Presidente. Não será alheio o facto de ser oriundo de uma área política que nunca tinha "produzido" um Presidente. Em relação à ida à Madeira, apesar de alguns erros, o que é que queriam que fizesse? Se fosse ao Parlamento, ou comentasse alguma coisa, seria acusado de se imiscuir num assunto da Madeira ou de ter uma atitude colonialista; como não disse nada, foi passivo e inconsequente. Preso por ter cão... Já agora, onde é que estavam estes senhores quando Sampaio foi Presidente?
O discurso de Louçã foi ainda mais curioso. O líder do BE referiu-se aos tempos conturbados de Cavaco em que ele teve de lidar com a juventude enquanto primeiro-ministro (PGA, propinas...). Essas políticas de Cavaco foram muito benéficas para a esquerda, nomeadamente através da crescente filiação de jovens nas suas fileiras. Foi uma altura em que os jovens estavam imiscuidos na política, pelo menos muito mais do que hoje. Cavaco sabia o que queria e escolheu um caminho. Quando não se é, nem se quer ser poder, é fácil dizer o que as pessoas querem ouvir.
Estou certo que Cavaco tem consciência dos erros que cometeu e que não os vai repetir. Essa é uma característica do Presidente que lhe valeu, e tem valido, a confiança dos Portugueses. O discurso do Presidente incomodou porque é verdade! Abril trouxe enormes benefícios a Portugal. Indiscutivelmente. Contudo, há que reconhecer que muitos dos desafios de Abril estão (muito) longe de serem cumpridos.
A esquerda também devia assumir as suas responsabilidades pelo alheamento dos jovens, porque também as tem. Já é tempo de deixar de se armar em proprietária da verdade e do 25 de Abril. Ao impor uma cartilha e uma linha tão dogmática da sua acção política, mais não faz do que contribuir para a criação de uma redoma de vidro entre a política e o mundo.
Começando pelo capitão de Abril, este referiu-se à visita de Cavaco à Madeira. Importa dizer que o actual presidente tem sido alvo de um escrutínio como nunca aconteceu com nenhum Presidente. Não será alheio o facto de ser oriundo de uma área política que nunca tinha "produzido" um Presidente. Em relação à ida à Madeira, apesar de alguns erros, o que é que queriam que fizesse? Se fosse ao Parlamento, ou comentasse alguma coisa, seria acusado de se imiscuir num assunto da Madeira ou de ter uma atitude colonialista; como não disse nada, foi passivo e inconsequente. Preso por ter cão... Já agora, onde é que estavam estes senhores quando Sampaio foi Presidente?
O discurso de Louçã foi ainda mais curioso. O líder do BE referiu-se aos tempos conturbados de Cavaco em que ele teve de lidar com a juventude enquanto primeiro-ministro (PGA, propinas...). Essas políticas de Cavaco foram muito benéficas para a esquerda, nomeadamente através da crescente filiação de jovens nas suas fileiras. Foi uma altura em que os jovens estavam imiscuidos na política, pelo menos muito mais do que hoje. Cavaco sabia o que queria e escolheu um caminho. Quando não se é, nem se quer ser poder, é fácil dizer o que as pessoas querem ouvir.
Estou certo que Cavaco tem consciência dos erros que cometeu e que não os vai repetir. Essa é uma característica do Presidente que lhe valeu, e tem valido, a confiança dos Portugueses. O discurso do Presidente incomodou porque é verdade! Abril trouxe enormes benefícios a Portugal. Indiscutivelmente. Contudo, há que reconhecer que muitos dos desafios de Abril estão (muito) longe de serem cumpridos.
A esquerda também devia assumir as suas responsabilidades pelo alheamento dos jovens, porque também as tem. Já é tempo de deixar de se armar em proprietária da verdade e do 25 de Abril. Ao impor uma cartilha e uma linha tão dogmática da sua acção política, mais não faz do que contribuir para a criação de uma redoma de vidro entre a política e o mundo.
Etiquetas: Portugal
4 Comments:
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ó zig, já não se pode!
Cumprimentos
O Francisco Louçã é muito inteligente. Só não suporto a facilidade com que resvala para a demagogia. Ele e outros.